Greve dos portuários. Gravidade e riscos no Porto de Aratu.
O Comitê de Fomento Industrial de Camaçari – Cofic, associação empresarial que representa mais de 60 empresas no Polo Industrial de Camaçari, e a Associação de Usuários dos Portos das Bahia – Usuport manifestam publicamente a preocupação e o justo receio das suas empresas associadas com as condições de risco e segurança no transporte rodoviário de produtos químicos no acesso ao Porto Aratu. Os Sindicatos de trabalhadores portuários em greve estão realizando procedimento padrão, o que está gerando longas filas de caminhões na via do portão principal de acesso do referido porto.
O procedimento orientado pelos sindicatos profissionais acarreta vulnerabilidade no controle das operações, o que produz os seguintes riscos:
I) possibilidade de contaminação de pessoas e meio ambiente, por situações de carretas com produtos químicos diversos ao longo das vias o Porto de Aratu, em decorrência de potencial de composição de produto ou risco de vazamento;
II) comprometimento da capacidade de deslocamento das equipes para atendimento de emergências, no âmbito do Plano de Auxílio Mútuo (PAM), o que envolve instalações, dutovias e comunidades circunvizinhas.
As restrições de acesso no portão principal do Porto de Aratu é uma ação de conteúdo sindical que tem por objetivo atingir terceiros e de efeitos potencialmente incertos na medida em que as tancagens e transporte de produtos químicos perigosos precisam ser controlados, muitas vezes, com rígidos padrões de refrigeração. O esgotamento da capacidade de armazenamento, por razões de insuficiência no transporte, obriga em determinados produtos manobras de dispersão no ar com danos e riscos ao meio ambiente.
As empresas pedem às autoridades constituídas e aos envolvidos que considerem o impacto de tais riscos, determinando ações que resultem na normalização do fluxo de acesso.
Nota Pública publicada nos jornais A Tarde, Correio da Bahia (26.07.09) e Tribuna da Bahia (27.07.09)