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Gás natural cria novas perspectivas para o Polo de Camaçari

Um novo vetor de expansão e desenvolvimento para o Polo Industrial de Camaçari está em curso com a aprovação da nova Lei do Gás, que vai ampliar a participação das empresas no mercado de gás natural. De acordo com o relator da nova Lei 6407/13, o deputado Laércio Oliveira (PP-SE), o novo marco regulatório resultará em aumento do número de empresas atuantes no mercado de gás natural, ainda dominado pela Petrobras, e, com mais empresas competindo, o preço será reduzido, trazendo vantagens principalmente para as termelétricas e o setor industrial. Na Bahia, o diretor de Relações Institucionais da Unigel, Roberto Fiamenghi, também presidente do Sinpeq, conselheiro do Cofic e diretor da Fieb, avalia a importância do gás natural e da aprovação da nova lei para a sustentabilidade e competitividade do complexo industrial baiano.

Por que o gás natural é considerado o combustível de transição rumo à economia do baixo carbono? 

RF - Porque entre os combustíveis de origem mineral (gasolina, diesel, óleo combustível), o gás natural é aquele que emite menor concentração de gás carbônico na atmosfera, mas já estão chegando tecnologias para combustíveis que vão emitir zero de gás carbônico (hidrogênio, energia eólica e solar).

Quais as vantagens do gás natural para as indústrias do Polo de Camaçari? 

RF- O gás natural na indústria química e petroquímica é utilizado como fonte geradora de energia e também como matéria prima em função do seu custo mais competitivo. É difícil calcular um percentual de uso do gás natural com outras matérias primas em função da diversidade de produtos fabricados, mas podemos citar, como exemplo, na fabricação de polietilenos ele pode ser 100%; na fabricação de cianetos, 50%; na fabricação de resinas acrílicas, 30%.

Qual seria o percentual ideal de uso do gás natural pelas empresas do complexo? 

RF- Não existe um percentual ideal, principalmente porque a maioria das fábricas existentes no Polo não foi projetada para operar com gás natural, mas quando tivermos gás natural com preços similares aos praticados no mercado internacional teremos, com certeza, muitos novos projetos porque o Polo tem uma excelente infra-estrutura para a atração de indústria química e petroquímica. Atualmente, a Bahiagás é a única empresa fornecedora de gás natural na Bahia, todavia, com a aprovação da Lei do Gás, as empresas poderão adquirir o gás natural de outras que serão credenciadas como fornecedoras.

Qual sua expectativa com a aprovação da nova Lei do Gás? Quais as vantagens para o Polo Industrial de Camaçari?

RF- Vejo muito promissor o futuro do Polo com a quebra do monopólio do gás natural no Brasil e aprovação da nova Lei do Gás (PL 6407) A nossa expectativa é que o Polo viverá uma nova fase de crescimento, com novos investimentos. Além disso, as indústrias já instaladas ficarão mais competitivas no mercado interno e externo. É difícil mensurar os novos investimentos no Polo de Camaçari, mas o BNDES está estudando esse assunto e se preparando para financiar alguns bilhões de dólares.

Considerando que a Bahia é um dos estados com uma das maiores reservas de gás natural do país e agora com a nova Lei do Gás, quais as vantagens e os desafios para as indústrias do Polo de Camaçari? 

RF- A Bahia não tem as maiores reservas de gás natural do país. A produção atual é muito pequena, a grande produção hoje vem do pré-sal, bacia de Campos e de Santos. Sergipe dentro de quatro anos terá uma grande produção, na ordem de 20 milhões de metros cúbicos por dia, mas o sistema de transporte por gasoduto e a operação do terminal de regaseificação da Bahia terão condições de abastecer as futuras empresas.

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