As empresas do Polo de Camaçari estão ampliando espaço para as mulheres em suas fábricas, incluindo a atuação nos cargos operacionais, tradicionalmente ocupados por homens. Para isso, investem em treinamentos e abrem vagas exclusivas para que elas possam exercer o direito de estar onde quiserem. A Bracell oferece, pela primeira vez, uma oportunidade em mecânica para mulher em sua fábrica de celulose solúvel. A Ultracargo acaba de contratar quatro operadoras após treinamento que destinou 50% das vagas para mulheres. E a Acelen lançou o programa Jovem Aprendiz para capacitar 40 mulheres das comunidades do entorno da refinaria.
“As mulheres podem estar em qualquer lugar ou posição, inclusive nas áreas de operação. Muitas pessoas ainda acreditam que seja uma função adequada apenas para homens, mas há uma crescente conquista desses espaços pelas mulheres”, afirma Andressa Santana, analista pleno de Recursos Humanos da Bracell. A empresa abriu uma vaga afirmativa para mulher em sua área de Manutenção, para atuar como mecânica. As interessadas em participar da seleção devem se inscrever até o dia 15 de abril, no site www.bracell.com/carreiras. Andressa anuncia que, em breve, novas vagas serão abertas exclusivamente para profissionais do sexo feminino tanto para as operações industriais quanto para a área florestal.
As operadoras contratadas pela Ultracargo foram recepcionadas pelo presidente da empresa. “Quero reforçar o nosso compromisso em ampliar a presença feminina em nossas operações. Em visita ao Terminal de Aratu, tive a oportunidade de conhecer as operadoras que chegaram recentemente à nossa organização, após participarem do Programa de Formação Operacional, que, na última edição, contou com 50% de participantes mulheres”, disse Décio Amaral, presidente da Ultracargo. Ele ressaltou que “todas estão preparadas para atuar em empresas da região e algumas delas foram contratadas para fazer parte da Ultracargo”.
Na Acelen, gestora da Refinaria de Mataripe, as mulheres estão ganhando espaço. A empresa informa que em pouco mais de um ano de gestão, o número de mulheres no chão de fábrica já representa 18% do efetivo. No laboratório de refino, elas já representam 50% do time, responsável por fazer até 16 mil análises por mês. Agora, a empresa lançou o programa Jovem Aprendiz exclusivo para mulheres das comunidades do entorno da refinaria, com 40 vagas para o curso gratuito de dois anos de Técnico em Petroquímica, em parceria com o Senai.
“A Acelen quer ser protagonista na indústria 4.0 e ser uma empresa inclusiva é parte essencial nesse desenvolvimento. Apostar na inclusão e diversidade de gênero traz um ganho de competitividade ao negócio, além de beneficiar as comunidades do entorno, nosso maior objetivo. Lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive na refinaria. Elas fazem a diferença em qualquer lugar, com segurança, qualidade e comprometimento”, ressalta João Raful, vice-presidente de RH da empresa.