A Acelen deu partida a um novo investimento: a capacitação exclusiva para mulheres com o início do curso de Técnico em Petroquímica. Com duração de dois anos, 40 jovens estudantes iniciaram a jornada do programa Jovem Aprendiz para Mulheres, lançado pela companhia gestora da Refinaria de Mataripe. O programa inclui aulas teóricas, que acontecem no Senai de Candeias, instituição parceira do projeto, e práticas, que serão realizadas em campo. Além da gratuidade na formação, a Acelen oferece também ajuda de custo e outros benefícios para as estudantes, que se preparam para assumir diferentes funções em processos petroquímicos.
A aula inaugural contou com a presença do vice-presidente de Recursos Humanos da Acelen, João Raful. Ele explicou que essa iniciativa, exclusiva para jovens mulheres entre 18 e 21 anos, com ensino médio completo e de comunidades vizinhas à refinaria, “é mais uma etapa dentro da política de diversidade e inclusão da companhia, criada com o objetivo de ampliar a participação feminina no ambiente industrial, atuando também na geração de oportunidades para o entorno”.
“Vi nesse processo a chance que eu esperava e, quando eu soube que estava selecionada, sabia que tinha que me dedicar ao máximo, ainda mais sendo mulher. Porque sempre gostei do meio industrial, mas tenho consciência que ainda é um setor dominado pelos homens”, diz Emily Ribeiro, 19 anos, que mora em São Francisco do Conde. As estudantes são de Candeias, Madre de Deus, São Francisco do Conde, Catu e Ilhas de Maré, Frades e Bom Jesus dos Passos, localidades próximas à refinaria.
A formação técnica, oferecida em parceria com o Senai Bahia, em Candeias, tem como objetivo ampliar a participação de mulheres nesta área de trabalho. Serão quase três mil horas de aula e jornada diária de quatro a oito horas, a depender da fase do curso. A conclusão está prevista para fevereiro de 2025. “Ao terminarem a formação, as estudantes estarão aptas a operar sistemas de produção, controlar a operação e ainda realizar testes e ensaios em produtos e processos petroquímicos”, explica Lígia Gomes, coordenadora do Curso Técnico em Química e Petroquímica do Senai Bahia.