O novo presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Carlos Henrique Passos, visitou na manhã da última sexta-feira, dia 1º de dezembro, o Polo Industrial de Camaçari, oportunidade em que conversou com dirigentes empresariais sobre a potencialidade do maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul como vetor de desenvolvimento para o Estado da Bahia. A visita teve início às 9 horas no auditório do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari/Cofic, associação empresarial que representa as empresas do Polo.
Acompanhado do presidente da Associação de Empresas do Centro Industrial de Aratu (Procia), Hilton Barbosa Lima, do consultor de Negócios do Senai Cimatec, Miguel Andrade Filho, do superintendente do Sesi, Armando Costa Neto, e do diretor executivo da Fieb, Vladson Bahia Menezes, o novo presidente da Federação das Indústrias foi recebido por integrantes do Conselho de Administração do Cofic, presidido por Carlos Alfano, e por representantes de empresas do Complexo Industrial. O superintendente Geral do Cofic, Mauro Pereira, fez uma explanação sobre as principais atividades do Polo, enfatizando os desafios e oportunidades para o complexo industrial se manter competitivo e indutor do desenvolvimento econômico e social da Bahia, por meio da geração de emprego, renda e da atração de novos investimentos.
Mauro Pereira destacou o apoio dos vários órgãos do Sistema Fieb às empresas do Polo, citando entre eles o Senai Cimatec, IEL e Sesi, com várias frentes de suporte técnico e serviços especializados que incluem formação de mão de obra, qualificação de fornecedores e inovação tecnológica.
Durante o encontro, foi apresentada ao presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia proposta de agenda positiva e de formação de grupos de trabalho com representantes da Fieb, Governo do Estado, Cofic/empresas, Senai Cimatec e outros convidados. O objetivo é mapear oportunidades que contribuam para a sustentabilidade e maior competitividade do Polo de Camaçari em áreas estratégicas, como matriz energética e sustentabilidade, com ênfase no carbono neutro, hidrogênio verde e gás natural; competitividade, inovação e tecnologia; questão tributária (isonomia entre os estados), formação e qualificação de mão de obra; cadeias produtivas/utilidades; plano diretor; e infraestrutura (modais portuário, ferroviário, rodoviário e projeto de revitalização do Polo/Funedic).
O presidente do Cofic, Carlos Alfano, agradeceu a oportunidade da visita do presidente da Fieb ao Polo de Camaçari que, conforme ressaltou, dispõe de uma central de matérias que é a mais completa do Brasil, dentre outras vantagens competitivas. “Temos que continuar juntos, Cofic, Fieb, Cimatec, Procia e outros parceiros igualmente relevantes, para construir novos caminhos que assegurem nossa competitividade e ampliem nosso potencial produtivo não só na Bahia, mas em todo o Brasil”, afirmou.
O presidente da Fieb, Carlos Henrique Passos, por sua vez, reconheceu a importância da contribuição do Polo de Camaçari e, em especial, do segmento químico-petroquímico, para o fortalecimento e ampliação da matriz industrial do estado da Bahia. Ele reafirmou a disposição do sistema Fieb de caminhar junto com as empresas do Polo na discussão e encaminhamento de questões relevantes da agenda positiva apresentada pelo Cofic, com destaque para o gás natural, hidrogênio verde, infraestrutura, segurança pública, e disponibilidade de área para novos empreendimentos. “A Fieb está aberta e vai poder agregar muito na implementação da agenda. O próximo passo é a formação dos grupos de trabalho”, disse.
Após o encontro na sede do Cofic, o presidente da Fieb e comitiva visitaram as instalações da Braskem, onde foi realizada uma apresentação da empresa e da sua cadeia de produção química e petroquímica.
Foco na sustentabilidade
Tendo a Segurança, Saúde e Meio Ambiente como prioridades, o Polo mantém o foco na sustentabilidade, expansão, diversificação e integração de suas atividades, atraindo novos empreendimentos em diferentes segmentos industriais. Com investimento global de 16 bilhões de dólares, gera cerca de 40 mil empregos (10 mil diretos + 30 mil indiretos) e tem faturamento da ordem de 15 bilhões de dólares/ano. É responsável por 15% das exportações baianas, respondendo por 22 % do Produto Interno Bruto da indústria de transformação da Bahia, com uma capacidade produtiva superior a 12 milhões de toneladas/ano (produtos químicos, petroquímicos básicos, intermediários e finais).
Contribui ainda com uma receita superior a R$ 3 bilhões/ano em ICMS para o Estado da Bahia e com mais de 90% da receita tributária de Camaçari e Dias D ?Ávila. Na área social, as empresas do Polo investiram mais de R$ 18 milhões nos últimos dois anos, beneficiando comunidades das áreas de influência do Complexo Industrial.