Voluntário do Conselho Comunitário do Polo há mais de 12 anos, Edvaldo Barbosa foi condecorado pela Câmara de Vereadores de Camaçari com a Medalha Marquês de Abrantes pelo seu trabalho em prol de melhorias para o bem comunitário no município. Edvaldo nasceu em Ipiaú e chegou em Camaçari em 1988, trabalhando na antiga Beltran como auxiliar técnico de edificações e em seguida na OAS Odebrecht.
Como liderança comunitária, assumiu por dez anos a presidência da Associação de Moradores do Parque Florestal. Formado em Administração, ele atualmente dirige as creches comunitárias do Parque Florestal, com 170 crianças, e do Parque Verde 2, com 80 crianças. Também atua como diretor de logística do Coletivo das Creches e Escolas Comunitárias e está na presidência da Associação de Pais e Mestres do Parque Florestal e Adjacências. Aqui, nessa entrevista ao Polonotícias, Edvaldo conta sua experiência como líder comunitário.
Qual a sua contribuição como voluntário do Conselho para a comunidade vizinha ao Polo?
Edvaldo - Interagir com os demais conselheiros no sentido de buscar informações das demandas do Polo no que se refere à segurança, saúde e meio ambiente e passar as informações para as comunidades vizinhas de Camaçari e Dias d'Ávila.
Sua trajetória profissional é voltada para o trabalho comunitário. O que lhe motiva a realizar esse importante trabalho para a comunidade?
Edvaldo - Moro no Parque Florestal há 32 anos. Olhando em volta, a gente vê muita carência em áreas como saúde, educação, saneamento básico, segurança e lazer. Aí a gente se envolve na busca de tentar resolver essas demandas e a cada dia que passa ficamos mais envolvidos, mas o que mais me comove são as crianças em estado de vulnerabilidade. Foi por isso que aceitei o desafio de trabalhar como diretor da nossa escola comunitária, fundada em 1992. Tenho dito sempre que Camaçari precisa urgente fazer o planejamento estratégico e desenvolver ações no sentido de amenizar essa situação tão dramática da nossa sociedade. Se nada for feito agora, chegaremos em 2030 com 16 mil crianças precisando de assistência.
Quais os desafios na sua atuação como líder comunitário?
Edvaldo - Às vezes faltam forças para seguir, mas olho para trás e vejo que avançamos muito. Ainda falta muito mais a ser feito, mas não podemos deixar nada no meio do caminho.
Quais suas recomendações para as pessoas que querem fazer trabalhos voluntários para a comunidade?
Edvaldo - Buscar alianças, ter muita força e coragem e querer fazer com muito amor.
Quais as lições aprendidas até agora?
Edvaldo: Satisfação do dever cumprido como cidadão que busca um mundo melhor para se viver. Afinal, somos todos anjos de uma só asa e só conseguimos voar se nos abraçarmos.
