O Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic) lança um novo projeto para estudantes de Camaçari e Dias d’Ávila em parceria com as secretarias de Educação dos dois municípios: o Projeto de Vida e Educomunicação Digital 2024. O objetivo é contribuir para o fortalecimento das identidades juvenis com seus direitos e deveres, o reconhecimento de habilidades e competências para suas conquistas pessoais e profissionais, além de um maior conhecimento dos adolescentes sobre a importância do mundo do trabalho e do ambiente digital. O projeto vai ser executado pela Cipó Comunicação Interativa, através de oficinas formativas no período de maio a novembro deste ano. A culminância será uma Mostra de Comunicação em cada escola com as peças criadas pelos participantes, cujos conteúdos representativos dos projetos servirão de instrumentos mobilizadores e educativos para as suas comunidades escolares.
O projeto pretende mobilizar diretamente cerca de 100 estudantes do ensino fundamental II, envolvendo adolescentes dos anos finais (8º e 9º anos), na faixa etária de 14 a 16 anos de idade. Em Dias d’Ávila, o projeto vai atender os alunos da Escola Anfrísia Santiago. Em Camaçari, vai reunir um grupo formado por líderes de classe de 28 escolas. A escolha das escolas é de responsabilidade das secretarias de Educação dos municípios.
As oficinas formativas vão começar na terceira semana de maio. A Cipó Comunicação Interativa organizou um trabalho focado no Projeto de Vida e Educomunicação Digital a partir de seis dimensões, considerando como o adolescente se vê no mundo, sua relação com a família, com a escola e com a comunidade, além dos seus direitos e deveres e, por fim, o mundo do trabalho e a dimensão digital. Além disso, estão previstas reuniões mensais de alinhamento pedagógico com a gestão e coordenação das escolas parceiras e, também, uma roda de conversa virtual com gestores, coordenadores pedagógicos e professores.
“Ao longo de seis meses, o foco será na formação do projeto de vida desses estudantes.. Eles vão fazer uma reflexão sobre as suas próprias identidades juvenis na questão de raça, gênero; e sobre sua relação com a escola, com a família, com a comunidade e, também, com os seus direitos. ‘Nesse processo, ganharão uma percepção sobre si mesmo junto a diferentes ambientes e pessoas”, afirma Fernanda Colaço, gestora Institucional e coordenadora de Projetos da Cipó.
Segundo a gestora, o projeto começa “primeiro, com um convite aos estudantes refletirem sobre as suas próprias histórias de vida, uma autoreflexão sobre si mesmo, suas identidades, como a questão de raça e gênero pode atravessar os seus desejos, o que eles pretendem desenvolver ou realizar, como eles se veem numa perspectiva futura, mas também compreendendo este tempo presente”.
Depois, ela explica que o projeto avança para a dimensão coletiva: “Acreditamos que traz uma contribuição de desenvolvimento pessoal, mas também de desenvolvimento coletivo porque o projeto de vida também faz uma reflexão do papel do estudante como cidadão, com os seus direitos e deveres, na sua interação com a escola, com a família e com a comunidade”.
Ao final das oficinas, Fernanda Colaço informa que o resultado será apresentado na Mostra de Comunicação nas escolas, com as peças criadas pelos estudantes, que poderão ser elaboradas através de cartazes, jornais-murais, fanzines, histórias em quadrinhos ou, ainda, áudio/podcast, vídeo e fotografia. “A Mostra deve dinamizar a escola e os pares desses adolescentes para que eles falem de si. As peças de comunicação vão simbolizar o que eles pretendem numa perspectiva futura, que são os seus projetos de vida, as suas habilidades, suas competências, como eles se percebem no mundo nesse aspecto identitário, e como é a relação com a família, a escola, a comunidade”.
