A Bayer conquistou a recertificação da Wildlife Habitat Council (WHC) para seu projeto Florescer, que promove educação ambiental e reflorestamento nas instalações da empresa no Polo Industrial de Camaçari. Reconhecido com “selo ouro” pela entidade internacional, o projeto, lançado em 2008, já realizou o plantio de mais de 25 mil mudas, resultando em oito hectares plantados e preservados. A iniciativa tem o objetivo de recuperar a Mata Atlântica e preservar a árvore Camassary, que dá nome ao município e se encontra em extinção.
“Nós, em Camaçari, temos muito orgulho deste projeto por representar a materialização do nosso compromisso com a sociedade e as comunidades que influenciamos e tocamos genuinamente. Aqui, contribuímos para a restauração da Mata Atlântica, bioma brasileiro rico em biodiversidade, porém ameaçado. Com esta iniciativa, ajudamos a preservar a nossa floresta e as mais variadas espécies da fauna e flora”, afirma Rodrigo Pimentel, gerente de Sustentabilidade, Segurança, Saúde e Meio Ambiente da Bayer em Camaçari.
O programa consiste em organizar plantio de mudas, monitorar aquelas já plantadas – avaliando quaisquer necessidades de intervenção –, além de oferecer aulas de educação ambiental para conscientizar e sensibilizar os alunos da rede pública de ensino local. As aulas são ministradas por profissionais de empresas parceiras do projeto e levam temas atuais para reflexão em relação à preservação da biodiversidade.
“Ao longo desses 14 anos de projeto, já realizamos o plantio de cerca de 25 mil mudas, capacitando mais de 400 alunos com o curso de educação ambiental, impactando aproximadamente 2.000 pessoas beneficiadas pelas ações”, informa Guilherme Alencar, engenheiro de Sustentabilidade, Segurança, Saúde e Meio Ambiente da Bayer em Camaçari. Ele conta que, em 2021, foi conduzido o plantio em uma área equivalente a dois hectares e realizada a capacitação de jovens na modalidade virtual, com aulas gravadas diretamente do Florescer.
Para este ano, o engenheiro afirma que “o principal objetivo será voltado para a manutenção e o desenvolvimento das mudas plantadas. Estamos em uma fase de gestão do projeto Florescer, bem como na revisão da ornamentação local e disponibilização de novos recursos para atender às práticas de educação ambiental presencial, com previsão de retorno no segundo semestre. Nossa meta é atingir um público de 20 alunos/aula por instituição. Atualmente, temos três instituições de ensino que fazem parte do escopo de educação ambiental”.
Desde o seu lançamento, o projeto Florescer já foi certificado cinco vezes, sendo que a primeira ocorreu em 2010. Em 2018, foi a primeira vez que a empresa foi certificada pela Wildlife Habitat Council com “selo ouro”. Em fevereiro de 2022, a Bayer em Camaçari foi tema de matéria na White Paper WHC, com o enfoque sobre a conservação da área florestal e a favorabilidade da permanência e convivência de espécies animais.
Conservação de flora e fauna
Com uma área total disponível para atividades de biodiversidade de cerca de 40 hectares, o projeto Florescer tem tudo para crescer. Nos oito hectares plantados e preservados são encontradas espécies raras da Mata Atlântica, como a árvore Camassary, Estaca de Sabiá, Aroeira, Paineira, Jamelão, Pau-pombo, Selva de Leite, entre outras. “Em 2021, foi conduzido um levantamento de fauna e flora a fim de estabelecer uma base de dados das espécies presentes no Florescer. Sobre a flora, foram catalogados 451 indivíduos em uma área de vegetação do Bioma Mata Atlântica em Estágio Médio de Regeneração. O Volume de Material Lenhoso total amostrado na área foi calculado em 35,6966 m³”, informa Guilherme Alencar.
Quanto à fauna, o engenheiro afirma que “os resultados do último levantamento sugerem um quadro animador, visto que foi possível identificar, dentro da área, indivíduos de diferentes níveis tróficos, embora ainda não se pode afirmar que exista uma teia trófica bem desenvolvida.
Quanto à avifauna, o diagnóstico na área do projeto Florescer identificou 73 espécies, destas, apenas uma é listada como ameaçada de extinção, quatro são espécies endêmicas, duas são espécies invasoras, três são espécies que sofrem forte pressão de caça por seu valor cinegético e nove são espécies que sofrem pressão de captura pela demanda como espécie xerimbabo.al, que deverá ocorrer em breve”.